Importância de Ferro na Alimentação Infantil
O ferro é um micronutriente muito importante para o funcionamento do organismo humano. Ele tem como funções a formação de hemácias, transporte de oxigênio para as células, produção de enzimas, entre outras. Tanto o excesso como a deficiência deste elemento são prejudiciais à saúde. A deficiência é comumente conhecida como anemia (anemia ferropriva). A Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS) de 2006 avaliou, pela primeira vez em nível nacional, a prevalência de anemia em crianças e observou que 20,9% das crianças de 0 a 5 anos apresentavam anemia, ou seja, aproximadamente 3 milhões de crianças brasileiras. A ocorrência de anemia em crianças tem sido explorada por diversos estudos no Brasil nos últimos 20 anos. |
A comprovada relevância da anemia por deficiência de ferro, em termos de saúde pública, não espanta apenas pela magnitude de sua ocorrência, mas, principalmente, pelos efeitos deletérios que ocasiona à saúde da criança. Crianças que nascem no tempo certo e com peso adequado, ao receberem o leite materno de forma exclusiva suprem suas necessidades de ferro, sendo desnecessário qualquer complemento nos primeiros seis meses de vida. Contudo, próximo aos seis meses de idade ocorre uma diminuição das reservas de ferro, em função do inicio da alimentação complementar, a qual passa a ter papel predominante no atendimento às necessidades desse nutriente. Ao introduzir a alimentação complementar, essa refeição deve conter alimentos com alta biodisponibilidade de ferro, como carnes, e ricos em vitamina A e vitamina C.
Os principais fatores determinantes dos requerimentos de ferro durante a infância são as reservas de ferro ao nascer, as necessidades para o crescimento e a necessidade para repor as perdas. O requerimento de ferro é a quantidade necessária para manter as funções orgânicas, para reparar perdas normais e prover o crescimento corporal do indivíduo, regenerando e mantendo o estoque de reservas do nutriente, como uma segurança contra um futuro aumento das necessidades ou diminuição da ingestão de ferro.
Uma das propostas para prevenção da deficiência de ferro é o estímulo ao consumo de alimentos fortificados, fortificação de alguns alimentos específicos, consumidos por alguns grupos populacionais ou fortificação em massa, como é o caso das farinhas de trigo e milho de alguns países, que é aceita, no âmbito de políticas públicas, como o melhor meio para combater carências específicas de nutrientes em longo prazo, apresentando como grande vantagem sua efetividade.
No Brasil, desde 18 de junho de 2004, todas as farinhas de trigo e milho comercializadas no país são fortificadas com ferro. A determinação é da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), por Resolução RDC nº 344. A fortificação deixou de ser facultativa e passou a ser obrigatória.
Em termos de saúde pública, no Brasil, dispõe-se do Programa Nacional de Suplementação de ferro, o qual prevê a distribuição de suplementos de ferro para todos os municípios brasileiros, com o objetivo da suplementação universal de crianças de 6 a 18 meses com dose semanal de 25mg de ferro.
-Oferecer uma vez por semana 50g de fígado de boi, picado e bem cozido.
-Uma vez ao dia oferecer, após a refeição salgada, 100ml de suco rico em vitamina C (exemplo: laranja e limão).
-Adicionar verduras verdes escuras às preparações cozidas.
-Não permitir a substituição de refeições salgadas (almoço e jantar) por alimentos lácteos (mamadeiras), biscoitos ou guloseimas.
13/07/11